A RevistaRia

Em tempos de pandemia, em tempos de quarentena, em tempos de incerteza e insegurança, o que acontece com os espaços que se estruturam em cima de encontros?

Diante circunstâncias atuais, e tendo na manga o mundo virtual para nos conectarmos - sorte que a literatura já é, por si só, uma experiência virtual, e que a comunicação por escrito é um contato remoto com quem nos lê -, concebemos um modo de estarmos ainda juntos, para atravessar este período com o que sabemos fazer: agregar.

É aí que surge a REVISTARIA.

Textos dos amigos/autores que admiramos. Entrevistas com eles, focando-se, para além da quarentena e do isolamento, em como suas sensibilidades percebem as mudanças do mundo ao redor. Uma revista que seja o equivalente eletrônico de uma conversa de bar: espaço de experimentação, afeto e criação.

Uma revista eletrônica onde se encontrará perfis, poemas, crônicas, fotos, contos e tudo o mais que possa caber dentro do desejo. Tem espaço, pode crer.

Como qualquer coisa humana, na REVISTARIA a existência precede a essência. Isso significa que é algo que se criará dentro de sua própria formulação, encontrará seu rosto ao passo que for construída e modelada pelas mãos habilidosas daqueles que, mais do que nunca, queremos por perto e ver recompensados pelo seu trabalho, a cada dia mais necessário.

Assim vamos preenchendo espaços nessa estrada - aparentemente esburacada, mas estrada -até chegarmos à estalagem ideal, onde certamente haverá uma mesa com amigos, o pensamento jogado dentro dum copo de cerveja, alguém lembrando aquela passagem daquele livro, uma risada, um abraço. E é claro, ao lado, uma pilha da Revistaria, então já diagramada e impressa e vendida em nossa livraria física, tão simples e tão feliz quando tudo melhorar.